De geração em geração o ato de aprender a escrever torna-se algo desnecessário na vida de Maria. A preocupação com os afazeres de uma vida sofrida no campo levou seus sonhos, planos e objetivos ao esquecimento.
O que pensava, sonhava enquanto desenhava seu nome? E tudo se desfaz ao ouvir a voz sofrida da Mãe:
- Você não está me ouvindo?
O retorno à realidade a faz continuar a saga de muitas Marias. E, nós como Educadoras, que lição tomamos de Maria? Será que não somos nós, muitas vezes, a voz da Mãe castradora ou o caderno de Maria onde ela escreve sua história, sua vivência?
Deveríamos ser sim um caderno em branco onde os sonhos se tronassem reais e possíveis, onde muitas Marias pudessem criar a sua própria realidade fugindo dessa triste saga de Marias...
Karine Ferreira - AE 103
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